Não gosto do Demóstenes Terres, especialmente pela forma como fez oposição sem projeto ao ex-Presidente Lula e faz à Presidenta Dilma. Mas, me pergunto: porquê um homem inteligente, conhecedor dos meandros do sistema judiciário, um político de sucesso, se vincularia a um criminoso conhecido publicamente por jamais ter se afastado dos jogos de azar? Falta de caráter? Ganância? Vaidade? Gosto pelo risco? Penso que tais desvios, por mais abomináveis que sejam para um homem público, não explicaria a derrocada de Demóstenes e de tantos outros políticos pegos com o mesmo modus operandi.
Acho que o motivo do Demóstenes é o mesmo que está por trás dos escândalos nossos de cada dia. Refiro-me ao escândalo do financiamento das campanhas eleitorais no Brasil. Todos sabemos que são caras e que, pela regra, os recursos devem vir de contribuições voluntária, principalmente das empresas e amigos. Como as contribuições sempre escondem uma intensão pouco republicada, de fazer negócios com o Estado em condições privilegiadas, muitos empresários se recusam a aparecer, preferindo contribuir “por fora”. Há ainda aqueles negócios à margem do estado de direito, caso de Cachoeira, que buscam na política a proteção que não poder exigir da lei.
O Congresso Nacional é o palco desse jogo de interesses, onde os verdadeiros motivos são camuflados por discursos encenados, carregados de emoção e de palavras dúbias.
Acho que não basta crucificar o Demóstenes e os outros pegos com a mão na botija, embora eles mereçam, é preciso enfrentar o verdadeiro motivo que mina a nossa democracia e serve de discurso fácil para as forças conservadoras, que conhecem bem as regras desse jogo de cartas marcadas e preferem continuar com ele.
Precisamos de uma reforma política que tenha no seu centro o financiamento público exclusivo de campanha (para reduzir a influência do poder econômico na política), o voto em lista (para baratear as campanhas), o fim das coligações partidárias proporcionais (para desestimular as siglas de aluguel) e o alargamento das formas de participação direta do cidadão nas grandes decisões do País (meios on line de apoiamento de projetos de iniciativa popular, referendos e plebiscitos).
O relatório do Dep. Henrique Fontana corre o risco, mais uma vez, de ser rejeitado na comissão especial da reforma política, graças a recusa do PMDB em votar um projeto que mudaria a lógica da política no País. Esse, a meu ver, deveria ser o ponto a ser debatido e não se o Conselho de Ética vai ou não abrir processo contra o Demóstenes. Precisamos de uma reforma política já, caso contrário casos como o de Cachoeira vão continuar nos “escandalizando”.
Acho que o motivo do Demóstenes é o mesmo que está por trás dos escândalos nossos de cada dia. Refiro-me ao escândalo do financiamento das campanhas eleitorais no Brasil. Todos sabemos que são caras e que, pela regra, os recursos devem vir de contribuições voluntária, principalmente das empresas e amigos. Como as contribuições sempre escondem uma intensão pouco republicada, de fazer negócios com o Estado em condições privilegiadas, muitos empresários se recusam a aparecer, preferindo contribuir “por fora”. Há ainda aqueles negócios à margem do estado de direito, caso de Cachoeira, que buscam na política a proteção que não poder exigir da lei.
O Congresso Nacional é o palco desse jogo de interesses, onde os verdadeiros motivos são camuflados por discursos encenados, carregados de emoção e de palavras dúbias.
Acho que não basta crucificar o Demóstenes e os outros pegos com a mão na botija, embora eles mereçam, é preciso enfrentar o verdadeiro motivo que mina a nossa democracia e serve de discurso fácil para as forças conservadoras, que conhecem bem as regras desse jogo de cartas marcadas e preferem continuar com ele.
Precisamos de uma reforma política que tenha no seu centro o financiamento público exclusivo de campanha (para reduzir a influência do poder econômico na política), o voto em lista (para baratear as campanhas), o fim das coligações partidárias proporcionais (para desestimular as siglas de aluguel) e o alargamento das formas de participação direta do cidadão nas grandes decisões do País (meios on line de apoiamento de projetos de iniciativa popular, referendos e plebiscitos).
O relatório do Dep. Henrique Fontana corre o risco, mais uma vez, de ser rejeitado na comissão especial da reforma política, graças a recusa do PMDB em votar um projeto que mudaria a lógica da política no País. Esse, a meu ver, deveria ser o ponto a ser debatido e não se o Conselho de Ética vai ou não abrir processo contra o Demóstenes. Precisamos de uma reforma política já, caso contrário casos como o de Cachoeira vão continuar nos “escandalizando”.
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